Seleção de Vinhos

2022: Os vinhos do ano! , por Paul Tudgay

1.  Vivalti Touriga Nacional, São Joaquim, Brasil

Procuro visitar nossos parceiros da vinícola Vivalti em São Joaquim todos os anos para conversar com o proprietário Vicente Donini e o enólogo Átila Zavarize, ver as novidades e como os vinhos estão evoluindo em barril e tanque.

Foi na primeira visita à região que provei o Touriga Nacional 2019 em barrica e Átila disse: "a altura que temos aqui é algo especial" e afirmou que embora usasse a Touriga para fazer um vinho de corte, este iria engarrafar separadamente. Um rótulo exclusivo de 100% Touriga Nacional. A intensidade do vinho, os tons púrpuros da cor e os aromas de mix de especiarias indicavam que esta casta seria uma das castas para observar o sucesso no vinhedo da Vivalti.

O Vivalti Touriga Nacional está agora no seu ritmo com fruta preta vibrante, fusão de especiarias exóticas, taninos pulvurulentos integrados, e um frescor linear que indica que este vinho vai envelhecer bem.

Não pense na Touriga Nacional do Douro. São Joaquim tem clima fresco e esse é um estilo único, com tensão no paladar, marca da região, e o enólogo Átila permite que o vinho expresse o terroir. O vinho é rico e maduro, sem notas verdes, por isso é o primeiro da minha lista de vinhos do ano.

Fique atento neste espaço para grandes novidades em breve sobre este mesmo rótulo.

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2. Badia a Passignano Chianti Clássico Gran Selezione 2018, Marchesi Antinori, Toscana, Itália

Tudo que eu provei desta safra excepcional da Toscana tem sido de uma qualidade excelente. Os vinho são bem equilibrados e ricos em taninos e fruta. E o Badia a Passignano é o melhor de todos.

O Badia e Passignano é o único Chianti do Marchesi Antinori que é 100% Sangiovese e os vinhos são envelhecidos na Abadia histórica no coração de Chianti Clássico. O vinhedo é um dos mais antigos de Sangiovese na Toscana e a própria abadia possui uma longa e fascinante história, abrangendo mais que 1 mil anos. Embora o vinhedo seja propriedade da família Antinori, a abadia ainda é uma abadia em funcionamento e a família Antinori aluga um espaço no subsolo para envelhecer seus vinhos. O Badia a Passignano Chianti Clássico é o único vinho produzido na propriedade.

O 2018 foi selecionado para a prestigiada classificação ´Gran Selezione´, em que somente os melhores rótulos da safra são escolhidos por um painel de degustadores profissionais.

Ele é um Chianti estruturado e complexo e fez um belo trabalho em quebrar a noção pré-concebida que o chianti é um vinho tinto insípido. O sabor de cereja característica da Sangiovese é presente na forma de cereja morello, complementado pelos aromas de carvalho Húngaro tostado e levemente defumado. Taninos finos e rendados e a acidez firme faz este vinho um grande candidato para envelhecimento de longo prazo; potencial de 20 a 25 anos não é um exagero.

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3. Prunotto Nizza Costamiole Riserva 2016 DOCG, Piemonte, Itália

Um outro vinho da coleção do Marchesi Antinori e mais um que quebra o paradigma da imagem de uma uva, desta vez a subestimada Barbera.

A uva Barbera sempre era subordinada a Nebbiolo na região de Piemonte na Itália, talvez com razão considerando o prestígio e história de Barolo e Barbaresco e a confiabilidade da uva na região. Apesar disso, a Barbera é uma uva que tem capacidade de surpreender e quando ela é tratada corretamente e, mais importante, plantada nos terroirs certos para Barbera, os vinhos desenvolveram um outro nível de profundidade e intensidade.

Este fato tem sido reconhecido finalmente pela criação da classificação DOCG mais nova na Itália, Nizza, que é 100% Barbera. Nizza é dentro da região de Asti, ao redor da vila Nizza Monferrato de onde vem seu nome. A DOCG classifica os melhores terroirs para Barbera que são situados normalmente em colinas íngremes de boa drenagem.

O Costamiole Nizza do Prunotto é um vinho Riserva que significa que o vinho foi envelhecido um mínimo de 12 meses em barrica e mais de 18 meses em garrafa antes do lançamento no mercado. O 2016 é encorpado e redondo na boca com sabores de ameixa seca, amora, violeta e especiarias da cozinha. O núcleo de cereja preta é complementado por discretas notas de avelã e café.

Sem dúvida, vale cada centavo!

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4. Puklavec & Friends Riesling 2020, Jersuselem Ormoz, Eslovênia

O que é o apelo da Riesling? Esta uva alemã e francês parece tem seus fans dedicados e toda vez temos um Riesling em estoque na Rootstock Vinhos ele desaparece instantemente. Será é porque tem muito pouco disponível no Brasil? Particularmente com um preço bom?

A uva Riesling produz uma gama diversa de estilos de vinho deste o super-seco até o untuosamente doce. Acidez alta é uma característica (não um bug) e faz o vinho um bom candidato para guardar. Enquanto Rieslings jovens são refrescantes, cítrico e floral, Riesling envelhecido é gordo, meloso e pode pegar aromas de querosene. Na verdade, ele muda sua personalidade completamente.

O Puklavec & Friends Riesling 2020 chegou no Brazil pela primeira vez este ano e foi um enorme sucesso. Quase-seco no estilo alemão ao invés do seco alsaciano, o vivo, iluminante e preciso Riesling voou das prateleiras e agora estamos esperando o cargo novo (esperançosamente antes de Natal).

Fica a dica!

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5. Domaine d´ Aussières Rouge Selection IGP Pays D´Oc 2020, Rothschild Lafite

Uma das regiões vinícolas mais antigas e mais bonitas na França, Domaine d´Aussiéres no Narbonne possui três áreas principais abrangendo 112 hectares de vinhedo: as colinas em volta do chateau, o lote mais velho foi plantado em 1886 e é chamado ´La Gravière.´ Domain d´Aussières foi adquirido pelo Domaines de Barons de Rothschild (Lafite) em 1999 e tem variedades de uva mais tradicional no Languedoc tal como Syrah, Mouvedre, Grenace e Carignan assim com Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc.

O Rouge Selection do Domaine é um blend de 30% Syrah, 25% Marselan, 15% Merlot, 15% Cabernet Sauvignon e 15% Cabernet Franc.

O vinho possui uma cor de rubi profundo com reflexos de purpura. O nariz expressa frutas vermelhas com notas sutis de alcaçuz e especiarias. Ele é linear no paladar, redondo, elegante equilibrado com sabores de ameixa seca, amora, cravo e baunilha.

O custo-benefício deste vinho é excelente!

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O mistério por trás dos vinhos naturais

Um dos tópicos quentes do mundo do vinho é o conceito de 'Vinho Natural'.

Viaje para Paris ou Londres e você encontrará muitos bares especializados em vinhos naturais. É um movimento hipster, e está começando a pegar em outros lugares. São Paulo tem vários bares de vinhos naturais atualmente.

 

O que é um vinho natural?

Não existe uma definição legal ou oficial e esta é uma das razões pelas quais é tão controversa.

Movimento contracultural

É mais um movimento contracultural. Cada vez mais, a escala de produção, distribuição e venda de vinho tem crescido. Muitas das grandes marcas que se tornaram conhecidas no varejo de vinho moderno são feitas em vinícolas-fábricas em grandes quantidades – e quase uma receita, em termos de perfil de sabor. Seu sabor é cuidadosamente moldado pelo grupo-foco para combinar com o paladar-médio; e os vinhos têm pouca conexão com o “lugar” – os locais específicos de vinhedos em que as uvas foram cultivadas.

Vinhos Naturais Maturana

E os vinhos comerciais, não são naturais?

No entanto, para ser justo com o vinho comercial, ainda é bastante natural. Embora muitos auxiliares de processamento sejam usados ​​em sua produção, eles não são aromatizados. Por exemplo, você não pode adicionar sabores de frutas ao vinho e ainda chamá-lo de vinho (seria uma bebida à base de vinho; eles existem e podem ser bastante desagradáveis). Os enólogos podem manipular o vinho, tecnologicamente e quimicamente, mas apenas até certo ponto. E o vinho comercial nunca foi melhor, em grande parte devido ao aumento da compreensão da ciência do vinho e da aplicação da tecnologia. Um vinho de qualidade é aquele que serve para o propósito, e muitas pessoas querem apenas algo barato e saboroso para beber. Isso é o que as grandes marcas, em geral, entregam, elas têm confiabilidade.

Uma reação dos vinhos manipulados demais

Para alguns amantes do vinho, no entanto, o vinho comercial é bastante deprimente. O que é mais insidioso é que até os vinhos mais caros começaram a parecer manipulados e padronizados, moldados mais pela mão do enólogo do que pela vinha expressando-se através do vinho.

Sem definição oficial

Foi isso que levou ao surgimento do movimento do vinho natural. É um alinhamento frouxo de produtores com ideias semelhantes, em grande parte da França e da Itália, mas cada vez mais vem aumentando o interesse em várias partes do mundo, incluindo vários produtores no Brasil. Não existe uma definição de vinho natural precisamente porque se trata de uma aliança informal de pessoas determinadas a acrescentar o mínimo possível aos seus vinhos, porque acreditam que os vinhos não manipulados têm um sabor mais interessante e refletem melhor as origens das suas vinhas.

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Então, o que diferencia os vinhos naturais?

O foco tem sido em grande parte no que acontece na vinícola, porque é quase certo que qualquer pessoa que queira fazer vinho de forma mais natural já se preocupe com seus solos. Quer as vinhas sejam geridas de forma orgânica, biodinâmica ou sustentável, a ênfase está na criação de um agro-ecossistema saudável no vinhedo, onde a microfauna do solo e a flora sejam respeitadas e o uso de produtos químicos seja minimizada.

SO2 é um assunto sério para os apreciadores do vinho natural. De todos os aditivos para o vinho, este é o mais utilizado e o mais difícil de dispensar. É quase universalmente adicionado ao vinho por duas razões. Primeiro, ele age como um microbicida, matando bactérias ou leveduras nocivas que podem estragar o vinho. Em segundo lugar, previne a oxidação do vinho, limpando as espécies prejudiciais reativas ao oxigênio criadas pela interação do vinho com o oxigênio.

Para que os viticultores naturais evitem o uso de SO2, eles precisam ser habilidosos e vigilantes, caso contrário, seu vinho corre o risco de deterioração ou oxidação. É por isso que eles precisam começar com uvas limpas. A maioria dos vinhos naturais são feitos sem SO2 durante o processo de vinificação, mas um pouco é adicionado no engarrafamento para proteger o vinho. Alguns são feitos sem nenhum acréscimo. A fermentação por leveduras produz apenas um pouco de SO2, portanto, nenhum vinho natural está totalmente livre dele.

Por que eles são tão controversos?

Segundo Paul Tudgay: “Em parte, é por causa da abordagem contraditória adotada por muitos dos caras por trás do vinho natural, que se opõem aos vinhos feitos convencionalmente. Isso é um erro, porque há muitos e muitos bons vinhos feitos convencionalmente, e grande parte destes bons são feitos com muito pouca manipulação. E muitos deles poderiam até ser rotulados como “naturais”.

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100 Pontos: 5 Vinhos Premiados

Conheça os vinhos de 100 pontos

A Rootstock Vinhos por meio de sua curadoria comandada pelos Wine Hunters Paul Tudgay e Juliana Tudgay selecionou rótulos pontuados com a nota máxima de 100 pontos. Destaca-se que já existiram outros sistemas de pontuações que não consideravam 100 pontos, mas neste artigo será abordado o sistema mais utilizado atualmente, os motivos para rótulos chegarem a essa pontuação e, principalmente, a especificação de cinco rótulos que conquistaram a nota máxima.

Primeiro é importante salientar que, obviamente, para ganhar 100 pontos, o vinho em questão deve ser perfeito ou o mais próximo da perfeição que um vinho pode chegar. Trata-se de um rótulo em que todas as análises organolépticas^[1] e métodos de vinificação estão corretos. Cada crítico usa critérios diferentes ao julgar os vinhos, porém o senso de lugar, equilíbrio, concentração e potencial de longevidade são fatores universais entre os juízes de vinhos. O especialista Paul Tudgay ajuda a compreender melhor algumas questões importantes, confira os questionamentos e respostas abaixo.

 

Por que os críticos usam o sistema de 100 pontos? Poderia um crítico, ou mesmo um consumidor, realmente saber a diferença entre um vinho de 96 pontos e um vinho de 97 pontos? A diferença pode ser tão sutil?

Segundo Paul Tudgay, provavelmente não. Tradicionalmente uma escala de 20 pontos era usada, e ainda é, entre os jurados e jornalistas de vinhos britânicos. “Foi Robert Parker que popularizou a escala de 100 pontos – é uma coisa americana”, explica Tudgay. Os americanos apreciam os grandes números, tanto que outros exemplos disso podem ser observados em sua cultura, é o caso dos esportes americanos, todos eles têm sistemas de pontuação elevada. Um dos motivos que levam os americanos a não gostarem de futebol está relacionado a isso, pois eles claramente têm uma preferência por coisas excessivamente grandes. Sempre querem ser os melhores em tudo, portanto não entendem como em uma partida um time pode empatar com outro e ainda ser considerado um bom jogo.

Na realidade, o sistema de 100 pontos é o sistema de 20 pontos "on steroids". “Raramente vemos um vinho com pontuação abaixo de 80, se for o caso é porque os críticos estão usando 20 pontos para pontuá-lo e, em seguida, apresentando-o numa escala de 100, funciona”, destaca Tudgay, que ainda enfatizou que o sistema de 100 pontos captura a imaginação, se destaca e torna os vinhos mais memoráveis e colecionáveis.

 

Por que deveríamos confiar no sistema de 100 pontos?

Porque é um sistema consagrado, mas é importante ficarmos atentos, a questão da preferência pessoal não deve ser esquecida, ou seja, nem sempre um vinho que conquistou 100 pontos pode ser o que agrada seu paladar em termos de estilo.

Cada crítico, como já citado, tem gostos diferentes, embora use o mesmo sistema de pontuação. "Eu sei que um vinho de 100 pontos do Parker (mais frutado e extraído) será de um estilo diferente de um vinho de 100 pontos de Jane Anson da Decanter Magazine, que favorece mais a elegância e a finesse. A credibilidade do crítico, portanto, também é muito importante", comenta Tudgay.

Para finalizar, Paul garantiu que todos os vinhos selecionados são de excelente qualidade, porém questiona: será que os vinhos relacionados serão do agrado de cada leitor? Ele mesmo responde: “Só há uma maneira de descobrir, provando!”

Abaixo listamos os profissionais e as publicações que premiaram os 100 pontos.

^[1] Chamam-se propriedades organolépticas as características dos materiais que podem ser percebidas pelos sentidos humanos. No caso dos vinhos,  é o caso da cor, do brilho, da luz, do aroma, da textura e do sabor.

1. Marqués de Murrieta Castillo Ygay 2010, Rioja, Espanha

Resultado de muitos anos de experiência, é uma marca histórica e de renome. Um ícone dos Rioja Grandes Reservas de total qualidade e excelência. Produzido exclusivamente com os melhores anos da melhor única vinha. Lenda viva de Rioja que sobreviveu a três séculos, destinada a quebrar recordes. Elaborado com 85% Tempranillo, 15% Mazuelo, passou 24 meses em barricas de Carvalho americano e francês.

Prêmios:

• 100 Pontos Falstaff (Alemanha)
• 99 Pontos James Suckling
• 97 Pontos Decanter
• 97 Pontos Robert Parker
• 96 Pontos Tim Atkin
• Wine Spectator Best Wine in the World.

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2. Solaia 2016, Marchese Antinori, Toscana, Itália

De cor vermelho-rubi muito intensa, o vinho oferece aromas ricos na sua concentração de frutas vermelhas e pretas (cerejas e cerejas pretas, framboesas, cassis, mirtilos e frutos silvestres) que, juntamente com notas de baunilha, pimenta preta e alcaçuz, compõem um bouquet decididamente amplo e complexo. Na boca é excepcionalmente elegante e equilibrado, fresco nos sabores e com muita personalidade, sólido e sedoso na textura e nos taninos. O final, caracterizado por notas de fruta e especiarias, é de grande finesse e persistência.  Elaborado com as castas: 75% Cabernet Sauvignon, 20% Sangiovese, 5% Cabernet Franc. A primeira parte do envelhecimento ocorreu em barricas novas de carvalho francês, de 60 galões de capacidade, e durou dez meses. Após um período inicial de envelhecimento em lotes separados, os componentes foram misturados e a evolução em carvalho foi totalmente efetuada.

Premiações:

• James Suckling 100 pontos
• Robert Parker 100 pontos

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3. Tignanello 2018, Marchese Antinori, Toscana, Itália

Este vinho apresenta uma cor vermelho-rubi intensa e brilhante. No nariz, notas de frutas vermelhas maduras combinam-se com notas agradáveis de amora fresca e frutos silvestres. Ao mesmo tempo, apresenta aromas delicados e perfeitamente integrados de baunilha e chocolate preto com ligeiras sensações de especiarias. Na boca, o vinho é vibrante, com taninos sedosos e refinados. Equilibrado e intenso, apresenta um final longo, complexo e persistente. Composto de 80% Sangiovese, 15% Cabernet Sauvignon, 5% Cabernet Franc. O vinho estagiou cerca de 14 a 16 meses em barricas de carvalho francês e húngaro, numa combinação de barricas novas e de segundo enchimento. Envelheceu por mais 12 meses na garrafa antes de ser lançado.

Prêmio:

• Luca Gardini 100 pontos.  Saiba mais sobre Luca Gardini
  

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4. Don Melchor 2018, Puente Alto, Chile

A safra 2018 do Cabernet Sauvignon ícone de Puente Alto obteve a maior pontuação que um vinho pode receber. O crítico norte-americano James Suckling lhe concedeu 100 pontos pela primeira vez em sua história. O Don Melchor 2018 tem a tensão de um ano mais fresco, expressa na acidez, assim como nos taninos firmes que aderem ao paladar. No blend entram as castas: Cabernet Sauvignon 91%, 5% Cabernet Franc, 3% Merlot e o restante de Petit Verdot. Envelhecido 15 meses em barricas de carvalho francês, a safra 2018 é uma das melhores na história do Don Melchor.

Prêmio:

• James Suckling 100 Points

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5. Bibi Graetz Testamatta 2018, Toscana, Itália

“Testamatta” é a palavra que melhor descreve Bibi Graetz: uma pessoa sorridente, criativa e apaixonada. O vinho conta com a pureza, a mineralidade e a transparência dos Sangiovese das vinhas antigas e carrega a mineralidade de solos pedregosos na região. Além disso, conta com vinhedos em altitude, o que mantém o frescor da fruta e auxilia em seu lento amadurecimento. É encorpado, com taninos maduros e ótima acidez. Seu final é marcado por frutas vermelhas maduras, especiarias e toques defumados. Varietal de sangiovese, 24 meses de estágio em barricas de carvalho.

Prêmio:

• Jane Anson – Decanter 100 Pontos
  

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Veja também nossa seleção de vinhos para o verão 2022!

O ano de 2021 continuou apresentando um aumento significativo no consumo de vinhos no Brasil, um crescimento de  aproximadamente 30% a mais em relação ao ano anterior. Com as limitações da pandemia, os consumidores passaram a utilizar os canais digitais na aquisição de seus produtos para consumir em casa, com isso, também puderam buscar mais informações sobre o que consomem.

Para Paul Tudgay, especialista graduado pela Wine & Spirit Education Trust e French Wine Scholar, diretor comercial da Rootstock Vinhos Distribuidora e Importadora, os vinhos tintos estão no topo da lista de preferências dos brasileiros e de acordo com sua experiência, analisou e elegeu os principais vinhos do ano de 2021, confira:

Guado al Tasso Bolgheri Superiore 2018 - Itália

Esse tinto italiano é produzido em vinhedos localizados no pequeno e prestigioso Bolgheri DOC, na costa do alto Maremma, cerca de cem quilômetros a sudoeste de Florença, é um blend de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e, ocasionalmente, uma pequena quantidade de Petit Verdot. “Uma revelação - meu vinho favorito da Marchese Antinori, rico, polido e firmemente posicionado entre o novo e o velho mundo, é um vinho de alta qualidade com muitos anos de amadurecimento pela frente, mas também delicioso para o momento presente”, destaca Paul.

Vivalti Pinot Noir 2019/2020, São Joaquim - Brasil

“Um grande sucesso para nós em Curitiba, alguns dos melhores restaurantes estão comercializando esse vinho! Particularmente eu tinha um pouco de preconceito em relação aos vinhos multi-vintage, mas, o importante é o que está na taça e neste caso é simplesmente um vinho delicioso”, enalteceu Tudgay. O Vivalti elaborado com a uva Pinot Noir é produzido na Serra Catarinense, 50% do vinho amadureceu em barricas de carvalho francês por 12 meses. No olfato destaca-se pela complexidade e delicadeza de aromas e no paladar é equilibrado com acidez presente, trata-se de um produto vegano.

Paul aponta especificamente o crescimento e a qualidade que a Vinícola Vivalti vem apresentado e lembra que o projeto de Vicente Donini e do enólogo Átila Zavarize ainda está na sua infância, porém, com grandes planos para o futuro como um hotel boutique de alta qualidade e um espaço para eventos, uma demanda necessária na região.

“Fiquei impressionado com os vinhos da sua primeira colheita em 2017 e em uma visita mais recente, confirmou-se que são vinhos que expressam o terroir da Serra Catarinense e o estilo do produtor, notável em todos os vinhos que produz”, contou Paul, destacando que são vinhos crocantes, aromáticos, apetitosos e que precisam de um tempo na taça para se revelarem, “são vinhos fantásticos para acompanhar a comida”, salientou, explicando que a cada lançamento nutre grandes expectativas e que a Rootstock começou a criar uma biblioteca dos melhores vinhos da vinícola para futuros lançamentos e degustações.

Don Guerino Le Franc 2020, Alto Feliz, Brasil

“As pessoas estão falando que este é o melhor Cabernet Franc do Brasil”, disse Paul, segundo ele um dos segredos do seu sucesso, fora a bela embalagem, é o uso criterioso do carvalho, algo que o vinho brasileiro ainda está aprendendo. Produzido na Serra Gaúcha, o Le Franc apresenta aromas de ameixa, groselha, morango, figo, especiarias, pimenta e menta, além de paladar equilibrado, intenso, harmônico, estruturado e suculento. Considerado o melhor Cabernet Franc da Avaliação Nacional de Vinhos 2020.

 Domaine Yves Cuilleron Madiniére Côte Rotie 2013 - França

“Trata-se de um vinho extremamente agradável como um café da manhã inglês, completo em uma taça! Ovo frito, bacon, pão torrado, você poderá precisar de garfo e faca para atacar este bonito vinho”, ressaltou Paul. Yves Cuilleron Madiniére Côte Rotie 2013 é um francês tinto do Ródano Norte, com aromas intensos de violetas e frutos vermelhos, com notas de especiarias, em  boca é macio, com taninos bem integrados e persistentes.

Testulat Champagne Blanc de Blancs Brut, França

O Cuvee Blanc de Blancs é um champagne puro à base de Chardonnay, leve, harmonioso e cheio de elegância, para Paul, a coisa mais emocionante do vinho é a sua capacidade de expressar o lugar de onde vem, isto é, as características de seu terroir. “O champanhe normalmente não é um vinho associado ao terroir, mas o Testulat Blanc de Blancs tem uma nota de casca de ostra triturada que só pode ser proveniente dos solos calcários de Côte de Blancs, de onde vêm as uvas para este vinho, simplesmente sensacional, reforçou.

Foram 5 vinhos divididos entre Novo Mundo e Velho Mundo onde temos os países Brasil, França e Itália. Além do  já comprovado conceito dos vinhos do velho mundo, Paul comenta a importância de destacar o crescimento técnico e a qualidade que os vinhos brasileiros  vem ganhando, “nossa curadoria preza pela qualidade e procedência, mas também por novidades em nosso portfólio e o Brasil tem revelado produtores surpreendentes e muito promissores, que fazemos questão de ter em nossa carta de vinhos”, finaliza.

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